Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O BelO e a MonstrA

(este post tem bola vermelha, utilização de linguagem ordinária)
Bem, nem sei bem por onde começar, mas qualquer princípio pode ou deve de ser bom.
Hoje abrir o mail e lá lia-se, “Olá, deves ser o máximo, adorava conhecer-te.”
Confesso que fiquei sensibilizada, no fundo este “directo” que tanto gosto de utilizar na minha forma de ser e estar, aquando jogada para mim, fico direi suspeitosa, provavelmente nem será a palavra bem empregue, mas neste momento questiono-me qual seria a indicada.
Este post, não vai ser acompanhado de imagem sensual, ilustrado com cores tentadoras, porque seria difícil encontrar uma monstra tesuda. E pensarão, mas que diabo fala esta gaja, esta Cabrona desta Cabra? Falo-vos de que tanto a um minuto se recebe um maravilhoso e surpreendente elogio, mesmo que virtual, como se leva com um balde cheio de merda em cima. E lá está, palavras, essas putas dessas palavras!
Fui além delas, fui além de mim, eu disse-vos que brinco com elas ao sabor do meu estado de espírito, e claro virtualmente quem pode saber em que estado estou? Ninguém, ninguém! Banho-me de metáforas que muitos não entendem, e porque terão de entender? Sim! Porquê?
E dirão, a intenção é que conta! Pois outra bela merda, a intenção, a intenção tem manómetro? Sabemos até quando podemos esticar, ou puxar? Pois não, Pois não!...
Assim quero pedir desculpas ao mundo virtual, seja lá ele quem for, por todas as palavras que escrevi e que possa ainda escrever enquanto postagem ou enquanto comentário, ninguém tem por obrigação levar com os meus estados do caralho, sejam categóricos, inquestionáveis ou negativos, nulos, proibidos!
A saber estamos sempre a evoluir, no entanto não vou deixar de ser quem sou, muito menos deixar de desvairar com o meu humor negro, disparatar pelo mais puro dos meus disparates!
E sim tenho coração e corre-me sangue igual ao vosso nas veias.
Desculpem, desculpa!
A Cabra.

6 comentários:

  1. Sempre as putas das palavras…

    Grande texto, sabes quanto eu gosto da paixão das letras, sempre a favor da palavra sem floreados quando o texto é bem escrito, como este.

    Metáforas, esse vicio diabólico de seu nome Mulher…

    Tem um grande fim-de-semana sempre fiel a quem és.

    ResponderEliminar
  2. Sempre fui e serei amante das palavras, com ou sem floreados, mais ou menos directas, mas sempre bem escritas, por quem as sabe usar e respeitar, como sempre foi aqui o caso. Há pessoas que usam as palavras como armas, que as lêem apenas juntando as palavras, dando a elas o significado que a parca imaginação lhes permite, esquecendo-se que as palavras tanto acaríciam como ferem, machucam, têm sentimentos e que, por trás dessas palavras está uma pessoa que não é virtual. Não deixe a Cabra de ser quem é e continue a brindar-nos com a mestria das palavras como até agora o tens feito. Um bom fim de semana, apesar da chuva lá fora.

    ResponderEliminar
  3. Verdade querido Sam, agora disseste tudo e só usas-te uma palavra MULHER.
    Quanto a ser fiel a quem sou, claro que sim, aceito-me!

    ResponderEliminar
  4. Miguel B, pois tocas no assunto, nessa ferida que esquecemos “ por trás dessas palavras está uma pessoa que não é virtual”, é isso exactamente. Tenho pensado bastante no teu texto no A voz das Palavras e arrepia-me profundamente, quanto aos sentimentos das pessoas aquando deambulam virtualmente. No fundo a ideia primária é que para lá do luminoso ecrã, imaginamos que está pessoas de plástico e nós quando teclamos com elas sofremos igual mutação, e então aí vale tudo, perdendo-se a noção de espaço; tempo; e SENTIMENTO. Eu própria sinto-me uma vítima disso, claro que inconscientemente.
    Escrevi esta posta, mais uma vez reconheci um limite, e só posso ficar triste, questionando penso, onde será a “zona franca”, onde livremente podemos ultrapassar os limites da criatividade, mas nunca do desrespeito?

    ResponderEliminar
  5. Tanta coisa se pode dizer acerca deste artigo.
    (Pelo menos, nós achamos...)
    É como dizes, nem sabemos pelo que começar (ou como).
    Mas isso interessa, na verdade?

    Em nossa casa "falamos" como nos apetece. Quem não gostar, vá bater à porta da vizinha ao lado.
    (que por acaso é toda boa, mas fala pelo nariz... deve ser esquisito na hora de gemer, mas pronto)

    Já nos têm dito que somos de "mau gosto" e "vulgares".
    Bem... ok. Também achamos que somos vulgares. Aliás, no meio de 500.000 pessoas aposto que ninguém dava por nós.
    Já quanto ao "mau gosto" é que afinamos.
    A sério que sim. Porque, para dizerem uma coisa dessas a nosso respeito PRIMEIRO têm que nos lamber. Senão, é pura calúnia virtual.

    Por vezes também nos dizem em mails que "somos o máximo e que nos querem conhecer".
    (Temos mails desses prá troca, caso alguém esteja interessado)
    Não fazemos ideia como sabem disso mas eu (Miguel) também fico bastante sensibilizado. Porque com os meus 95 quilos devo andar perto desse tal de "máximo".
    Já a Maria costuma dar numa de snob e não liga puto àquilo.
    (feitios...)

    E apetecia-me comentar mais coisas (adoro "coisas") mas é a minha vez de fazer o jantar e se me atraso levo na corneta.
    Ora tome lá uns beijos s.f.f.

    ResponderEliminar
  6. Meus queridos ParaMais, o pior ou no caso fui eu que foi incorrecta em casa alheia, enfim pedi desculpa, mas as desculpas evitam-se e viajei na maionese, distendi o argumento! É mais por aí.
    Obrigada por vossas palavras de apoio, mas desta estiquei-me mesmo como Cabra. Aprendi e crente que não volto a fazê-lo.
    Hoje estou bem e irei postar mas umas merdas de Cabra!
    Beijos a vós!

    ResponderEliminar