Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Puro olhar ou ver puro?

No bar das meninas, dois minutos chegara de troca de olhares, ali mexeu com as duas, uma de olhar cristalino a outra, mirante, contemplava através de uns olhos alteradamente drogados. O sorriso da envenenada era lindo, era a única parcela límpida daquele corpo consumido por estupefacientes. Vi, vi puro, vi exactidão das palavras saídas daquela boca sorridente, daquela boca acre e doce. Se fui pura ao ver? Não, puramente vi e caí! Não quis saber de suas palavras, “Olha eu sou drogada…mas olha, tenho o coração limpo, só!”. Fugir? Não! Confessar igual parte? Não! Consumi, consumiste-me, consumimos e nos agoniamos, acabou tudo, hoje nem uma palavra dos anos que passamos, agora te digo “Olha eu estava cabra-louca da vida por erros cometidos entre cabrisses … mas olha, acabei por te amar e muito, agora contemplo o teu sorriso no meu pensar só!”

Sem comentários:

Enviar um comentário