Como se de um
inverno duro se tratasse, subia as escadas com o corpo a tremer, acusado por um nervosismo encharcado. Subia as escadas ciente de uma violação programada,
as pernas doíam, igual a quem veio de uma audição que nunca fora ensaiada. A
mente embriagada, exausta de um medo embaraçado. A meio da escada pensou
baldar-se, numa luta frustrada, num pensamento gamado, ingrato e acanhado. Só
lhe via as costas, naquele subir dengoso, que costas eram as dela, suave aquele
subir, desejado e balançado, que o pensamento fora-lhe extraviado. A porta
abriu, um rodar lento de canhão, um som igual a um só pulmão. Entrou. Olhou,
olhar vago, regalado, mas tão pouco disfarçado. O coração acelerado num medo
profundamente instalado. Agarraram-se desejosos, ávidos do que foi um dia
imaginado, sobre um querer recreado. Colaram como quem lambe envelopes a serem
selados e depois decorados por selos despido a nu, já meio avistados.
Os mais de
mil beijos apressados, medo que lhes fossem roubados, os corações atormentados
num reboliço tão cobiçado. Tão apertados... emaranhados, ela sobe, sobe por
ele, um corpo alto em físico latejado, sobe por ele e enrola as suas pernas.
Obstinados nas bocas que beijam excitados e despem. Despem a pouca roupa,
rasgam os medos como quem arranca a pele e nasce ali um todo querer num tudo
ambicionado. E anda ele, pequenos passos com ela pendurada, ela amada. E mais
longe não será, e é tão real, tão contente numa queda boa, sobre um perfeito
corpo anunciado, num colchão sonhado. Cai sobre ela, na cama larga o peso do
seu corpo entesado.
Da janela do
quarto da cidade um calor que abrasa, derrete os corpos despidos de
inquietação, desliza e afaga os de outrora apetites anunciados. Cai sobre ela,
o peso dum corpo ansiado, inaugura a viagem de sentidos, todos os medos ali já
perdidos.
Lasciva,
impaciente, engole todas as pingas de sobra, as que caem dos beijos libertinos,
ama a luxúria da pele lustrosa, afável e cheirosa. Ele, esconde os olhos, parte
em show matiz, avança e lidera, desenha rubro num rosto e sorri.
Enrolam,
afagam amassam e esticam um tesão gritante. Prévias vadias, apetites
impetuosos... e gemem, invadem sem aviso num lar apetecido. Mareiam gloriosos, é
um lago, é um mar com pronuncia de enorme
e carpem por um não mais findar. E ficam, ficam, ficam...
for one bad girl... a girl and a half. Surely!!
ResponderEliminarLove you!
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