Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Anis


“Sorrio ao menos; sempre é alguma coisa o sorrir...”

nas horas acompanhadas, as tais repletas de minutos, sempre minutos incertos, reflexo que trago, num travo de anis. Queria ser vírgula, no fundo reticência, recusa a pequenez, repulsa numa pausa parada, forçada. É reticência errante que nada vê, pontos passageiros, turvas cegueiras. Na memória do que foi um futuro visto na mente. E com sorrisos tudo se mente, sem propósito, sem definitivo, sem coisa-alguma do que será... num gole de anis.

“Santos Deuses, assim até se faz a vida!

Os outros também são românticos,

Os outros também não realizam nada, e são ricos e pobres,

Os outros também levam a vida a olhar para as malas a arrumar,”

Álvaro de Campos




1 comentário:

  1. Anis,

    As horas, não passam de minutos fugidios, minutos esses que roubam horas ao tempo que se queria parado.
    Sorrisos de meninos, gargalhadas de gostar, segundos de amor em olhares cansados, cheios, cheios de vazios que teimam em não desaparecer,o carteiro cumpre a sua missão, atrapalhado, deixa papeis queimados, de paixões intensas, um olhar de menina doce, que se diz bailante, olhos reluzentes que piscam, como de faróis se tratem, ao cabo. . . ao cabo. . .


    Beijo


    Continuo a ler . . .

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