Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Rapariga Stanby 2

Acreditou que ele estaria próximo, saiu do duche apressada, correu para o espelho do quarto enrolada na toalha turca com o estojo de maquilhagem na mão.
Atrasara-se nos pensamentos, entre o gel duche que lhe amaciava a pele, com que massajava e cobria as suas curvas bem delineadas, e a viagem que faria no corpo dele. Arrastou os pensamentos ao toque de si, o duche assim o pedia e avançou sem inocência ao prazer da sua vontade. Impressionou-se de si, como se sentia incendiada, aprisionou o desejo entre os dedos da sua mão. A água, essa, corria entre os seios afogando o fogo que lhe incendiava os pensamentos sobre ele, aquele que estaria lá fora a digladiar-se com o monstro do bafo gélido, enquanto ela serpenteava os dedos ao som da chuva aquecida em busca do gemido, do bafo quente contra ao vidro do duche, queimado as gotículas que escorriam para o gargalo rendidas ao impacto de tamanho cobiço.
Ao espelho já espetava as longas pestanas negras e passava o batom, enquanto enfiava sem esforço os sapatos cetim grená que davam o toque de cor à silhueta asa de corvo. O único brinco que usava era um lustre de sala real, cintilava segredos, ocultava passados esplendecentes e agora radiaria caprichos iluminados ao estranho. Os cabelos molhados escreviam linhas na horizontal declarando no vestido brilhante intenções de ser despida e devorada... O som de um motor cansado anunciou chegada, descontrolada e altamente confeccionada não tivera tempo a mais retoques especiais. Tudo o que estava a mais, naquele desarrumo caos, passou a toque de pontapé, limpando as tábuas corridas daquele palheiro, para debaixo da cama virgem, ocultaram-se, refugiaram-se para dar lugar ao que seria palco da peça a estrear.
(Cont.)

6 comentários:

  1. Olá

    O ritmo mais frenético deduzo que ainda esteja para chegar. . .

    Mas enquanto nao chega, delicio me ao som de SADE. . .


    Continuo a ler . . .

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  2. Inquietante viagem dentro do duche, passeio de pensamentos, toques e devaneios culminados num êxtase de ansiedade e de dedos exploratórios. Um anseio permanente num estado de alma, espectaste, desinquieta, ansiosa...
    ...aguardando

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  3. ...a aguardar continuação...

    :)

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  4. Prevejo que uma cena quente se desenredará naquela cama virgem...
    O duche... Bianca, Bianca... esse duche é que foi quente... por causa da água, claro!
    Quero mais, dá-me mais...

    Beijo

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  5. Minha cabrinha tesuda, deixa-me vir, caralho. Estou para aqui, cheio de tesão, com o caralho a latejar e não permites de diga nada? Anda lá minha mestre da foda...
    Beijinhos nos teus quente e humidos entrefolhos pingões.
    :)))

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