Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cyclone

...estou aqui, sempre estive, aqui escrevo à espera que me escutes como a uma voz falada. Palavra, palavras, para quê? Tanta palavra, tantas vezes, tantos loopings avançados. Estou aqui, sempre estive, escrevo à espera de que não me falte palavra. Choro e paro, choro por mim, por ti e por todos os que se julgam no dom delas. Palavra? Palavras falhadas, as mais de mil pronunciadas, foram zeros segredados, secretos amaldiçoados, levianas essas tantas vezes faladas. Conta-me sem elas, balança o teu corpo em gestos pré-anunciados, desenha lábios num infinito muro. Palavras? Manifesto contra elas, essas ingratas choronas, palavras babadas, palavras amadas, sim, so often... estou aqui, sempre estive, aqui estou, aqui fico, aqui escrevo as ditas palavras julgadas caber, tantas vezes coladas, tantas vezes elevadas. Palavras? Tão aborrecidas, tão amargamente apodrecidas.

4 comentários:

  1. Pena nos comentários não ser possível colocar uma imagem... Beijoca!

    ResponderEliminar
  2. Por vezes me perro no próprio signidficado das palavras.
    Cadinho RoCo

    ResponderEliminar
  3. ElSOL, palavras para quê?

    Rafeiro Perfumado, a imagem por si só encanta, seduz e vende! A palavra, manipula, diz e desdiz, vende e rouba, encanta, seduz e vende! Céus...

    Cadinho RoCo, assim rouco é mesmomelhor não brotar palavra! ;)

    ResponderEliminar