Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

domingo, 20 de novembro de 2011

Olh(ando)

Não devemos desculpas um ao outro, nem ontem, nem hoje, nem amanhã, a desculpa é uma palavra improdutiva em certas situações, esta é uma delas. Não temos de pedir desculpas pela paixão a alguém. Paixão, essa palavra ingrata, frívola até pelo tempo que nos oferece.
A vida, com ela não devemos ficar contentes, alegres, tristes ou mesmo fodidos, a vida é o veiculo onde transportamos o nosso ser numa aprendizagem a tudo, todas as folhas deste livro são para ser folheadas, lidas e acrescentadas. Nós? Nós somos uma página de um qualquer capítulo que nos fascinou ler, quando quisermos reler, já todas as letras que preenchiam frases mágicas, sensuais e inebriantes de luxúria, recolheram-se, evaporaram a cada passagem anterior dos nossos olhos. Ficou na memória, ficou na memória...
Os segundos, cada segundo vivido foi intensamente sublime, cada minuto esperado será dolorosamente detestável. Um adeus um até qualquer dia, até logo ou mesmo um até já, não tem peso temporal, tem sim emocional, infecunda esperança em aberto, estéril saudação, enferma saudade de uma felicidade infrutuosa.
Esvaziar a mente como a uma garrafa de vinho aquecida, pensar em asneiras, fustigar ideias, chatear as recordações do pouco tanto que foi, dificultar o que um dia será. Decidir sem hesitar, falar alto para se ouvir, chatear quem finge nos ouvir.
O tempo? embebeda-se em desculpas das horas, dos minutos, no segredo dos segundos.
Respeito. Respeito-te.

9 comentários:

  1. Parece que andamos os dois em plena catarse,espero que nao dure muito mais tempo ;)

    Com a certeza de ser uma " infecunda esperança em aberto, estéril saudação, enferma saudade de uma felicidade infrutuosa ",o 1º passo,o da consciencialização está mais que dado.
    Daqui para a frente é sempre a subir :D

    Beijos Cabrinha****

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  2. Não sei se será a subir, como diz o shiver, mas se não for a descer já não será mau.

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  3. Bate-me no carro e vais ver se não tens de pedir desculpa, e durante muito tempo!

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  4. É impossível não ficar indiferente a um cruzar de sofás virtuais, mesmas músicas, mesmo "so long", mesma mágoa.

    Aqui, deixo o que irei deixar "lá", de uma mesma forma, escrito de um modo diferente.

    Um beijo amigo e um xi coração caso seja necessário. Espero que o folhear de página não seja um: good-bye, mas sim um "so long".

    E deixo-te com uma das minhas citações preferidas:

    "O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto".

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  5. Enviei-te um e-mail com instruções sobre a votação no Pixel :-)

    bjs

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  6. ler-te é sem duvida um orgasmo visual e sentido.

    beijos

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  7. O tempo é muito relativo, demasiado relativo...

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  8. Shiver, sempre a subir para um andar mais "baixo" mas melhor onde a queda não seja maior! Beijo a ti.

    Sad eyes, descer tb é excelente, não sinto diminutivo :) Beijo

    Rafeiro, pode ser só um suave toque no teu carro??? Beijo

    Star, tranquilidade de sofás só isso, ninguém viaja fora deles, é tudo em cima deles! Beijo

    Water, que direi eu do teu blog, que tantas noites me acompanha! Beijo

    Mr. W. Fitzgerald Blaufuks, (casaste? o teu nome dia para dia acresce! ) nada é concreto! Beijo

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  9. O respeito é bonito! Por isso olha traz lá o MP3 que vais ter tempo para ouvir a playlist toda porque o voo está muito atrasado.

    Estou à espera no check in

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