Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

domingo, 13 de novembro de 2011

em ti and I

quatro da manhã, hoje era diferente, era já Sábado, um Sábado. No sobressalto da perca do cartão do parque de estacionamento do Lux , vinha agora com licença a passar todos os semáforos da Avenida de Berna que se apresentavam verdes. O vazio da noite e a humidade na estrada espelhava-a tornando-a no caminho do sentido, guiava-me na incógnita de ti, conduzia sozinha ao encontro do que seria.
E dispo, tiro cada peça de roupa fedenta a tabaco. Nua, a água corre quente pelos meus cabelos encontrando um corpo bebido. Abraças-me e sinto-te no meu pensamento, as gotas dão-me beijos quentes, beijo-te beijando a água que escorrega pela face e descobre os meus lábios. Fecho os olhos e olho-te, céus e como me olhas... estavas online. O que te faria? Queria-te debaixo desta chuva aquecida, segredar-te-ia o imprevisto do impossível , e tu conseguirias transpô-lo por mim, roçando na demência do descuido dos teus lábios nos meus, e percorrerias terras de mim, altearias conquistas de guerra em toda a minha extensão, e beijarias o beijo da água que já vai em cascata entre os meus seios, encontrando a foz do aceso de mim. E faço-me diva da água de cano, fantasio na minha igual demência, e é tão bom por parecer verdade.
Deito-me, recebo-te, envolvo-me nos teus braços fortes, sinto-me segura na ponta da corda. Adormeço, acordo, sentada na tua corda segura, aninhada nela, tacteio a teia da tua pele, o corpo que te assiste como a Júpiter e fito-te de pujança, suspiro e respiro, suspiro aconchego... Não quero acordar...
E eu acredito em ti e em mim porque somos o sonho, a fantasia, o desejo devaneio, o nosso desatino desassossego.

8 comentários:

  1. bebi como agua cada gota da historia.

    5 estrelas*

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  2. Inspirada! Adorei a descrição, gota a gota.

    É bom ler-te assim!

    Beijo húmido,

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  3. Shiver, gosto mesmo de te ver por aqui. E bebe sim, apanha uma bebedeira de letras.
    Beijo


    Star, a inspiração cresce... de gota a gota se formam rios de liberdade criativa. Tu já foste nascente de muitos textos meus e ainda és água cristalina a meus olhos, uma diva sim de água veloz.
    Beijo cristalino

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  4. M, tu é que me deixas sem palavra...
    Beijo

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  5. Inspiração, apneia, suspiro profundo...

    Butterflies?

    Mas onde é que anda msm essa chuva? Humm

    Deixa lá ler do início outra vez a ver se tb levo com ela... Com a chuva:-P

    Foxos

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  6. Cabra,

    Beijo-te num piscar de olhos envolto nas entrelinhas molhadas de textos pingados aqui e ali...

    Seja o que for, anda a inspirar meia blogosfera e quem (vos) lê, delicia-se!

    ;)

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  7. Foxos, chuva quente ou num pais tropical ou só mesmo no duche. Queres vir? Beijo molhado.

    Star e não é bom andar deliciada? não haver limites à imaginação... mesmo bommmm..
    Beijo deliciado.

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