Recorda-te ao entardecer, quando galgavas lances de escada, degrau atrás de degrau, uma subida perpetua, sonhando naquele abraço apertado, dançando em beijos trocados, tocando ao som de afagos, perdias-te nela.
Falavas-lhe calado no balanço dos corpos, enrolavas os dedos em demorados cabelos, desnorteavas-te no embalo nela e ela achava-se em ti, quando lhe sussurravas a beleza, veneravas-lhe o corpo e a beijavas mais de mil vezes. Dançavas e ainda danças, dançavas e dançarás sempre naquele escurecer. Dançavas a dança do querer, desaparecias no tempo, deixavas outras portas de afecto e alcançavas desejos ansiados tatuados nos teus dedos. Dançavam e dançaram agarrados na músicas do que é.
Quem soube não foi só quem subia e quem estava na subida, sabe o chão encerado, onde as solas gravaram LPs de paixão.
Ela dança, dança agora na tua cabeça. Tu danças as danças da mudanças. Dança, dançou o que o ensejo elevou. E a dança ficou. A dança que te recorda no amanhecer.
E há lá coisa melhor que dançar no embalo dos teus acordes sustenidos por dedilhados tr(e)inados que acompanham as tuas letras?
ResponderEliminarPs: à espera na pista de braço estendido
Tens de actualizar isso. Gravar EP? Gravar DVD, ou gravar Blue-Ray, pá!
ResponderEliminarBeijocas!
mesmo pisando os pés,arrisco a dança,sempre :)
ResponderEliminarÉ uma delícia ler-te...
ResponderEliminarHesíodo, não há como tu! Puxa-me a dançar!
ResponderEliminarRafeiro, sim LP sou fã ;)
Shiver dancemos então...
Mr.W.F.B, é uma delícia ver-te aqui!
Beijos