era o que deles ela tinha diário, 60 minutos por 120 moedas.
Naquela tarde fazia calor e um ele pagara adiantado por um acompanhamento. Queria um simples vagueio num qualquer passeio público.
De abraço em encaixe pareciam um casal feliz a subir a calçada, ele sentia-se o Rei Sol e ela passava-se por sombra daquele poder financeiro. No entanto, ela brilhava e ele ensebava de mau porte. Que desgraça figura, o seu mau estar intimo traduzia-lhe a tristeza endividada com a vida. Nenhum dinheiro abastava para pagar tamanhas mágoas, tamanha solidão, ausência de carinhos nunca existentes mesmo em memorias mais longínquas.
- Obrigada minha bela ninfa. Serão sempre os meus mais 60 minutos!
Beijou-lhe docilmente o rosto, virou-lhe costas e seguiu calçada abaixo perdendo-se na confusão poluente da cidade.
"Jamais o Sol vê a sombra."( Leonardo da Vinci )
Mas provavelmente foram os 60 minutos da vida dele em que se sentiu melhor. O dinheiro compra minutos e mulheres e por 60 momentos ele pôde pensar que ela era dele.
ResponderEliminarMadre, bem vida à montanha, um beijo em sim.
ResponderEliminarXuac!