Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Começar

Vou começar pelo melhor dos começos,
a libido, os desejos e anseios que caracterizam o meu instinto, a facilidade de me alterar na ambivalência da bissexualidade. Saltear a mente entre uma atenção e outra. A área de exploração da libido que vos falo e particularmente me interessa é a libido dominendi, desejo de dominar.
Assim começa a história, no domínio da dualidade sexual.
Pela primeira vez sentia-me plena.
A fim de alguns anos de amores fortuitos e passageiros, encontrava-me no limiar da paixão. Tinha vivido excelentes camas, homens mágicos, sensuais, incendiados de sexo que me elevaram no coito a julgar estar em sonho profundo, sensual e ardente. Claro, vivera igualmente entre eles outras tamanhas desilusões.
Ali, de pernas abertas para o macho que julgara ir casar, que me lambia com sofreguidão, sentindo-se a perder. Agarrava-lhe com ódio os cabelos negros e levava-o ao encontro no domínio da libido, gemendo na alma chamado por ela, por ela, pela fêmea que me sabia devorar como jamais ele viria a aprender.

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