Este pêlo branco

Aqui, nesta montanha batem os primeiros matinais raios de sol e quando este desce e se apresenta o luar tem-se a sensação de que nada se apresentou diferente do que já foi, do que é ou que poderá vir a ser. Não espere nada, nem deslumbramento nem desilusão, não é essa a brancura que se pretende.
Anseie o nulo para que atinja o supremo início do tudo de novo.
Muito gosto,
Cabra Branca.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Jamais diferente

Naquela cama imensa, horas a fio de suor, pingas de diferente paixão, lá fora talvez soprasse o vento ou chovesse ou geada caía, que importava? Nada! O sabor era tudo, a pele macia era neve, o cheiro era mais que tudo era o odor das planícies e o toque eram os céus da noite e os do dia, os fluidos eram mar. Ali, de pernas para o ar, para a fêmea que julgara aninhar, que me lambia com sofreguidão, sentindo-se na perdição. Agarrava-lhe com ódio os cabelos rebeldes e levava-a ao encontro no domínio da libido, gemendo na alma chamado por ele, por ele, pelo macho perfurador que me consumia, que me sabia arruinar como jamais ela viria a imaginar.

1 comentário:

  1. então deixa-me ver se entendo: quando estás com o macho, pensas na fêmea, e quando estás com a fêmea pensas no macho? já juntaste os dois? está visto que terei de continuar a ler-te...

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