No bar das meninas, dois minutos chegara de troca de olhares, ali mexeu com as duas, uma de olhar cristalino a outra, mirante, contemplava através de uns olhos alteradamente drogados. O sorriso da envenenada era lindo, era a única parcela límpida daquele corpo consumido por estupefacientes. Vi, vi puro, vi exactidão das palavras saídas daquela boca sorridente, daquela boca acre e doce. Se fui pura ao ver? Não, puramente vi e caí! Não quis saber de suas palavras, “Olha eu sou drogada…mas olha, tenho o coração limpo, só!”. Fugir? Não! Confessar igual parte? Não! Consumi, consumiste-me, consumimos e nos agoniamos, acabou tudo, hoje nem uma palavra dos anos que passamos, agora te digo “Olha eu estava cabra-louca da vida por erros cometidos entre cabrisses … mas olha, acabei por te amar e muito, agora contemplo o teu sorriso no meu pensar só!”
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Há 11 anos
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