
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
"Fascínio de um homem impotente"
SE EU SOUBESSE...
Actualmente enlaço um potente/impotente, isto é, um homem com alta erecção, uns preliminares quase tão bons quanto feitos por mulher a mulher. Até aí tudo bem, digo mesmo, o homem parece que se desequilibra no próprio peso de seu falo aquando me enrola entre preambulares, mas mal invade o quente canal prematuramente murcha e realiza-se, como por morte súbita. Não sei o que é pior, saber que é impotente e virar híbrido ou ver um gigante rebuçado tirado da boca…
domingo, 29 de novembro de 2009
Tríptico

Ao som da batucada, num bar rasante à praia, estávamos as três agarradas às refrescastes caipirinhas. Dançávamos, riamos e já falávamos portubrases, a cachaça era da boa, bem forte, e nós bem fracas para o poder daquele açucarado veneno. Mirávamos os presentes fazendo apostas tolas de que nacionalidade seria aquele ou aquela, estávamos sedentas de prazer fosse qual fosse, queríamos vingar os ex-relacionamentos falhados, decidíramos jura na comprar das passagens na agência de viagem, “Vamos para o lado quente do planeta, onde é verão, e é se queremos encontrar tesão!”
E mais um caipira e outra e outra e um sussurro ao ouvido chegou, “queres vir?”, agarrou-me a mão, "- ir?!" As amigas olharam e murmuraram-me um xauzinho, e lá fui arrastada por um Deus grego, mas ao virar o bar, Vulcano parou, olhou-me nos olhos e disse, “Sou Gay, estou com o meu namorado, que vai casar quando chegarmos a Lisboa, vens?" ……???!!! Fiquei obtusa, ignorava a lógica que teria aquela conversa, pensei, é gay, o outro vai casar, então será o quê? Ele continuou, quero estar com ele, saber como é nós dois com uma mulher. Continuei sem perceber, mas alheie e alinhei na aventura, o ardente dirigente não deixava escape para a chamada da razão, chamou sim um táxi, parámos num motel discreto, foi a minha primeira cama homossexual. Eles tão docemente femininos…
sábado, 28 de novembro de 2009
Mulher de vidro
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
2ª Consulta

Hoje a este consultório chegou uma carta vital, digna e honrosa. Fico orgulhosa quando gente sã procura resposta, ou conta as suas verdades guardadas em caixinhas de música com bailarinas, ainda que anonimamente, mas com o maior dos respeitos, dita assim;
“ Sou uma jovem de 58 anos, assim me sinto, nunca casei mas vivi vários anos com um homem, infelizmente já não mora em espaço terreno, nunca tive outro relacionamento nem mesmo outro “formato” de relacionamento. Confesso que me sinto só e vivo de memórias nestes últimos tempos, e a memória é coisa espantosa, quando puxamos por ela conseguimos sentir o que foi na infância as mãos da nossa progenitora a passar óleos, cremes e pós de talco no nosso corpo. Choro, tenho chorado, lembro-me da Salomé a minha amiga de carteira que cheirava a flores frescas pela manhã. Amei o meu homem, mas nunca deixei de pensar na Salomé, hoje a recordo de bata celestialmente branca, sinto-lhe o cheiro da boca quando refilava comigo por não ter feitos os trabalhos de casa, e eu amava aquele respingar, ela foi o meu primeiro sentido amor. Hoje não sei nada de nada, não sei como me aproximar, me apaixonar, gosto delas porque olho para elas, coro de todo quando me apercebo que as observo como que por desdenho de uma mulher cobiçando uma mala louis vuitton , mas não, não quero saber da mala, do sapato ou do taier, gosto sim, gosto delas.”
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Um nome
Quando a vi pela primeira vez tinha colado naquela cara um olhar de superiormente boa, e o melhor, é que era mesmo! Morava nela um brilho mágico, camuflado por uma peneira invisível que traduzia-lhe uma sombra embaçada de sua beleza, nunca percebera porquê, também a bem da verdade não poderia olhar muito, mexia comigo, que poderia fazer, ali o respeito seria acima de todos os devaneios.
Delfina, um nome, dos que dá letra de música, Dalila, Dália, ninguém gosta, mas que acabam todos por amar, nome exclusivo, assim era ela, especialmente doce, particularmente mágica, deliciosamente calma, cheirosamente serena, surpreendentemente silenciosa.
Amei ter-te ali todos os dias, ali, ali naquele lugar, naquele sítio, ali fazia todo o sentido, aqui e agora talvez te surpreendas, mas não é isso o melhor presente do mundo? O prazer de alguém que nos consiga surpreender!
Parabéns MULHER bonita.
Cabra viajante
Pois como aqui a montanha é nova, ando em pesquisa pela blogosfera, procuro blogues em que seus postistas sejam, tal como eu, bissexuais ou abranjam a temática. Dou de olhos com muitos blogs lésbicos, gays, alguns transexuais, mas quase todos de nacionalidade brasileira, não imaginava o quão acanhados somos, mas encontrei na viagem muito bons Blogues, num deles onde se falava do casamento entre seres humanos do mesmo sexo escrevi o seguinte comentário que transcrevo;
“(..) eu que ando sempre a trocar, por vezes amanheço com homens outras vezes com mulheres, coisa que tanto com um como com outro não dura mais de ano e meio e estou a ser meiga. Agora casar? Deixem-se disso e vão casando, mas claro que cada um sabe de si e o resto é conversa. Metam mas é o referendo nos pipis e nos cuzinhos, porque cada qual é livre de escolha e isto não é um joguinho de cruzes dos metidos a sabedores da moral e dos bons costumes! Além de que, e para quem não sabe mas devia de saber, em todo o reino animal existe homossexualidade do mais puro e genuíno e nunca ouvi falar de reuniões dos animais na selva a votarem os seus princípios sexuais. Nós sim somos o animal mais selvagem e ignorante que pisa este planeta!”
Isto tudo é uma merda, o casamento é uma instituição (O casamento foi a primeira instituição de Deus para organização da família.)
O aspecto social do casamento. Antes de o casamento vir a depender de formalidades legais já era celebrado com o apoio das famílias dos cônjuges, pois visavam a formação de um novo lar e família na sociedade.
Hoje ESTAMOS, SOMOS, VIVEMOS numa NOVA SOCIEDADE, que devia de se transmutar naturalmente! Que bando de inúteis que só servem para atrapalhar, as tecnologias evoluem em segundos as mentalidades gastam séculos!!!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A Gaja é uma cabra fufa!

Adaptado de Oshyoga
As verdadeiras Bi, são bem femininas, gostam de ser sensuais, elas sempre saem bem vestidas (porque toda a mulher se veste para as outras mulheres sabia? Imagine as Bi). Gostam de tocar a parceira que conversa, elogiar as suas amigas, gostam de revistas de moda daquelas que tem um monte de modelos bonitas, enfim, as Bi são talvez mais mulheres que as mulheres (sem ofensas às mulheres hetero). São apaixonadas pelo universo feminino. Mas fazem sexo com os homens e gostam tanto quanto com mulheres.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
1ª Consulta
Entre muita confusão de escrita, retiro o que considerei essencial;
(…)“ você com essa idade anda nessas cabrisses?” (…) “… faz disso vida? Ou não tem mais que fazer para ocupar o seu tempo?...” “… nunca percebi essas confusões de mamar em dois sexos…”
Sabia que o consultório “pessoalmente com Miss Cabra” não seria coisa meiga, como tal isto vai ser erva fresca para mim, cabra montanhesa! Vesti a bata negra sobre o meu pelo branco, coloquei os óculos e desinfectei as patas.
Caro paciente X (se me permite que o trate desta forma), primeira questão, a idade é aquela com a qual nos sentimos, como é de conhecimento geral há jovens com atitudes antiquadas, como seniores com disposições juvenis. Segunda contenda, fazer vida, significa que se é activo em algo e não sedentário ou de quem não faz nenhum, nem o quer fazer, ou inibe-se, abstém-se ou envergonha-se de o fazer. Última dúvida e penso que a mais séria e pertinente a de “mamar em dois sexos”, obviamente é um comentário básico e mesmo baixo, mas aqui não me preocupo com más formações educacionais, mas sim com as raízes que tanto gosto de ruminar, e sim, você deve de ser um ser bem genuíno. Assim lhe direi que se trata, melhor, tem como nome de bissexualidade, e se não percebe é provavelmente por não a sentir, ou quem sabe a sente mas a reprime, e nisso infelizmente já não o poderei ajudar.
Mais questões sintam a liberdade de contactar a Miss CabraBranca, uma senhora das escarpas da montanha.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Puro olhar ou ver puro?
domingo, 22 de novembro de 2009
Inteireza
Passara tempo de mais pelas duas últimas galdérias com quem me torci, uma era freneticamente manhosa e outra delirantemente vadia. A matreira, passava-se por pouco rodada a laureia, semeava mais que colhia. Mas com ambas enchi-me de sexo abastado.
O rapaz, ai o rapaz… o rapaz pouco tempo depois assinava a declaração de derramamento precoce, mal acabava o rugido do leão para deliciar o filme, aparecia o letreiro the end, frustração minha agarrada ao que começava a ser hábito, o ejaculo descontrolado. Estava finda a cama!
Sonho com elas, com as cheirosas, macias e mágicas trapaceiras da dilecção, com elas flutuo na duração, com eles corro no tempo preciso.
Assumi a questão, agarrei a bem o resumo, confessei ao rapaz que estudava pouco aquele papel e de facto não me dedicava à querença, “ sonho com elas, desculpa, sonho com elas.”
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Assumir-se ou Sumir-se?
Aquele é homossexual, aliás era, aliás foi, mas não era e passou a ser em determinado dia e actualmente já não o é! Ou será que é?... Há coisas singulares, e esta história ficará sempre gravada em mim, e eu é que sou cabra!
Hoje em dia não sei o que ele é, para alem de cínico e de doente, essa parte é má, mas está curado ou pelo menos assim se pensa.
E então, o aquele era um fodilhão, gramava todas as gajas desde que estas se mexessem e circulassem no meio social do aquele. O aquele era super activo, desde a separação da que foi a mulher da sua vida, aquele fodia que doía, no fundo não gostava de nenhuma, como tal, num determinado dia abriu portas intimas a um mangalho de metro e meio - segundo palavras do aquele - foi a melhor cama que tivera, contou ele, hoje um, amanhã outro e depois outro, e era vê-lo a desbravar mato, comer pilotas e ser papadinho num estante era versátil. E adorou e adorava e gramou e gramava e fartou… ou não…
Hoje, o aquele cumprimenta-me, umas vezes a fazer-se passar por bode, outras a passar-se por Águia-Real.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Jamais diferente
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Começar
a libido, os desejos e anseios que caracterizam o meu instinto, a facilidade de me alterar na ambivalência da bissexualidade. Saltear a mente entre uma atenção e outra. A área de exploração da libido que vos falo e particularmente me interessa é a libido dominendi, desejo de dominar.
Assim começa a história, no domínio da dualidade sexual.
Pela primeira vez sentia-me plena.
A fim de alguns anos de amores fortuitos e passageiros, encontrava-me no limiar da paixão. Tinha vivido excelentes camas, homens mágicos, sensuais, incendiados de sexo que me elevaram no coito a julgar estar em sonho profundo, sensual e ardente. Claro, vivera igualmente entre eles outras tamanhas desilusões.
Ali, de pernas abertas para o macho que julgara ir casar, que me lambia com sofreguidão, sentindo-se a perder. Agarrava-lhe com ódio os cabelos negros e levava-o ao encontro no domínio da libido, gemendo na alma chamado por ela, por ela, pela fêmea que me sabia devorar como jamais ele viria a aprender.
Miss Cabra
Cabra (enquanto animal Bovídeo);
Cabra na variação de cabra-macho (de homem viril);
Cabra-cega (no jogo da vida);
Cabra marcada para morder (na vidinha alheia);
Cabrisses (coisinhas, mesquinhices do dia-a-dia);
e de... Miss Cabra (eu mesma!).
Aqui há:

Comunicações;
Complicações;
Compilações;
Conflitos;
Contendas;
Contestações.
Controvérsias… NÃO HÁ CONTRADIÇÕES nem CONTRAGIMENTOS !
Aqui vamos…
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Excelente ladra!

O animal, a besta que existe em nós, é o conjunto das forças profundas que nos animam e é, em primeiro lugar, a libido.
Na Bíblia, Adão dá aos animais nomes que tudo têm a ver com as paixões humanas que, segundo Fílon, devem ser domadas. A cabra se relaciona com os sentidos, pois estes seguem os seus impulsos.
Os animais, que tantas vezes intervêm nos sonhos e nas artes, formam pois identificações parciais com os homens: são aspectos e imagens da sua natureza complexa, espelhos das suas pulsões profundas, dos seus instintos domesticados ou selvagens. Cada um deles corresponde a uma parte de nós próprios, integrada, ou a integrar, na unidade harmonizada da pessoa.