
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Sr. Beijados

sexta-feira, 25 de junho de 2010
pórnoi

sábado, 19 de junho de 2010
18ª Consulta
Curiosa C, lamento dizer-lhe que nem é feitio nem falta de jeito, não é vontade nem falta de apetite!
O sonho é isso mesmo, um delírio de desejo que se pode ou não conquistar, muitas das vezes lutando sobre as maiores dificuldades, mas o desejo de paixão é um sentimento que não se compra nas drogarias nem se manda vir pela internet, já objectos sexuais é em qualquer virar de esquina.
Direi que você gosta de brincar sexualmente, gosta do perigo de provar, gosta de provocar e isso é um jogo bom de se agitar de cima.
Não sei por outro lado se você respeita a essência do homem, porque a elas diz que respeita a eles eu arriscarei dizer que você rejeita, quem sabe por ter em demasia, fácil de mais, um simples olhar, um sábio sorriso e já andam eles ao seu sim suspirar!
Todos temos muito para aprender, nunca saberemos tudo, isso sim é um sonho, mas dos impossíveis!
E cara C. a pressa é inimiga da perfeição, nunca se esqueça.
Atenciosamente, esta Cabra.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
De alguém especial
A Minha Mulher
Todos os dias de manhã desarrolho o frasco e deixo cair umas poucas migalhas lá para dentro. Com muitos cuidados para que não fuja minha estimada mulher. As migalhas são de variados tipos de pão: broa de milho, carcaça ou baguette. Sempre gostei de estimar a minha mulher com o melhor. É com grande apreço que a paparico com carinhos. Tem dias em que sou realmente generoso e lhe deixo cair pelo tampo do frasco um torrão de açúcar. Fico regalado de a ver feliz pela prenda e vejo-a percorrer as paredes redondas do frasco em sinais de agradecimento. Outras vezes, corto frutas várias em pequenos pedaços e vejo-a lambona e de olhos arregalados, chupar o sumo doce das frutas.
Durante o dia, enquanto vou trabalhar, substituo a tampa do frasco por um coador do leite. Assim fico seguro que o ar circulará facilmente por todo o frasco e minha mulher não morrerá de calores ou asfixia. Quando regresso a casa, tenho uma grande recepção de felicidade. Minha mulher passeia-se pelas fronteiras de vidro cumprimentando-me com zumbidos que nem sempre percebo. No entanto gosto. São gestos humildes e naturais de contentamento.
Depois de jantar vemos uns programas que passam na televisão e tenho muitas conversas com ela sobre o que passa na caixa fosforescente. Poucas vezes me responde e quando o faz, é sempre em sussurros que ainda estou a aprender a interpretar. Tudo isto faz parte da convivência e da descoberta de cada um. Ocorre por vezes, um aborrecimento da minha parte quando a minha mulher se cala e esfrega as patas umas nas outras: começando nas da frente até às de trás. A falta da atenção dela para comigo leva-me a agitar o frasco e provocar-lhe uma reacção. Quando assim é, esvoaça pela vitrina do frasco e resmunga coisas sibilantes às quais não ligo.
Antes de me deitar, coloco o frasco dela a meu lado na cama e contemplo-a. Certifico-me que a tampa ficou bem apertada nas roscas e conto-lhe uma história de um livro que satisfaça os dois. Quando apago a luz sinto uma felicidade eterna em ser casado com uma mosca respeitável e obediente. E nisto olho para ela, a ver se já dorme.