
Os EX-incluídos
Cara amiga Cabra,
Aqui vai o meu... nem sei como apelidar, não posso chamar inveja, porque não é isso. Como definir o desejo por só o que já não me pertence?
Divorciei-me para usufruir das melhores noites de sexo com o depois já meu ex-marido. E assim me recordo te ter enveredado por este desejo do após. Alinhando em sucessivos namoros expirados ao fim de um, dois meses para almejar noites escaldantes nas mais intensas delicias sexuais com os ex´s. Pode parecer estúpido ou mesmo sem lógica, mas é um real dilema que não consigo dispensar nem perceber a causa/origem.
Anseio que aceite este meu mail e opine desse seu jeito de Cabra afoita e sabida.
Diva
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Cara Diva, a minha opinião pode ser breve ou provavelmente obtusa! Que tal começar pelo fim? Isto se realmente quer soldar alguma relação, coisa que ficou imperceptível no seu mail. Quando digo, fim, refiro-me a intitular o seu novo parceiro sexual de ex qualquer coisa, se desta forma achar que alcança um melhorado empenho sexual. Crie uma personagem, imagine-o como o seu ex-dentista; ex-jardineiro; ex-colega ou de um ex-amante, isso, o seu actual ex-amante!
Talvez me diga que o problema é que não tem tesão pela novidade, mas sim pelo já conhecido e consumado. Aí julgo que a questão centra-se no seu à-vontade, depois já sem compromisso de esposa ou namorada, onde o seu papel já não tem de ser definido de “bem comportada”, e se dê na entrega da loucura, se solte dando largas a devaneios escondidos na carapaça de mulher modelo, ainda estereotipada pelo pensamento de alguns homens. Mas será que sim? Será que eles ainda querem o perfil de mulher certinha?
Querida Diva já a minha avó dizia, que uma mulher quer-se uma senhora na rua, e uma senhora puta na cama! Pense nisto, desta forma julgo que conseguirá alcançar melhores resultados no seu interesse sexual, tanto para si como para o seu companheiro, tornando a relação mais sólida e duradoura!
Escaldantes enlaces
Atenciosamente, Cabra.